domingo, 21 de outubro de 2007

ASPECTOS GERAIS DA ÁREA

A amazônia se estende por 9 (nove) Estados e ocupa 42% (quarenta e dois por cento) do território brasileiro. Dentro da Amazônia Legal, cabe a metade do continente europeu, ou seja: mais de uma dúzia de países, incluindo França e Alemanha.
O Rio Amazonas, principal referência da região, é o maior da Terra em volume de água e possui 1/5 (um quinto) da água doce do globo. Sua bacia hidrográfica estende-se por 5.800.000 km2 (cinco milhões e oitocentos mil quilômetros quadrados) em território de 9 (nove) países.
Do nosso território, 3.500.000 km2 (três milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados) estão incluídos na chamada Amazônia legal (brasileira).
A Amazônia Legal faz fronteira com 8 (oito) países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. A fronteira com os países vizinhos é de 11.000 km (onze mil quilômetros). Possui um litoral expressivo com mais de 1.660 km (mil e seiscentos quilômetros). Se fosse um pais à parte, seria o sexto do mundo. Cerca de 20.000.000 (vinte milhões) de brasileiros estão ali mantendo a posse da terra.
Em menos de 35 (trinta e cinco) anos, uma área maior que a França foi destruída na Amazônia. Foram 600.000 km2 (seiscentos mil quilômetros quadrados) de mata devastada, a maior parte nos anos 80. O movimento de devastação caiu na década de 90, mas tornou a crescer nos últimos anos.Os parques e reservas ambientais, criadas a partir dos anos 70, tornaram-se os principais centros de pesquisas da fauna e flora da região. Ao todo são mais de 120 (cento e vinte) áreas públicas que ocupam mais de 45.000 km2 (quarenta e cinco mil quilômetros quadrados) - área maior que a Suíça.
É de se notar que a população indígena brasileira voltou a crescer nos anos 90. São mais de 300.000 (trezentos mil) índios de 210 (duzentos e dez) etnias diferentes. Observa-se que no município de São Gabriel da Cachoeira, onde os habitantes são em número de 20.000 (vinte mil), 95% (noventa e cinco por cento) destes são índios.
No tocante à vegetação - é o império da floresta equatorial, formando o maior ecossistema do planeta. A Amazônia possui campos, muitos campos, na cidade de Humaitá; em Rondônia, em Roraima, há campos onde se produz soja de primeira qualidade, com índice de produtividade enorme.Todos os recursos minerais estão presentes na Amazônia, destacando-se a grande Província de Carajás, onde minérios são explorados; no restante praticamente nós não temos qualquer exploração, a não ser em Urucu, situado no Alto Juruá e no Alto Purus, onde temos uma grande produção de petróleo que abastece todo o estado do Amazonas, em particular a cidade de Manaus. Ademais é a maior reserva de gás do Brasil, de onde saem gasodutos para a cidade de Porto Velho, havendo previsão de expansão destes gasodutos até a cidade de Manaus.
O clima equatorial é quente, com forte umidade de 100% (cem por cento). A região amazônica é o "paraíso" da proliferação das doenças tropicais, como: a leishmaniose, que, ao afetar o homem, afasta-o do serviço ativo por 6 (seis) meses; a malária, a febre amarela, a hepatite, a dengue, a tuberculose e a lepra (hanseníase), esta com o maior índice do mundo, depois da Índia.
Sua hidrografia é também, por outro lado, a maior do mundo, com 23.000 km (vinte três mil quilômetros) de rios navegáveis. Há, a registrar, que 2/3 (dois terços) do potencial hidroelétrico do país estão na Amazônia.
Vejamos, agora, alguns aspectos da Amazônia Legal no panorama internacional.
Qual a sua implicação para a nossa Amazônia Legal?
O fim da Guerra Fria e o aparecimento de uma nova ordem mundial resultou no desaparecimento da URSS e no surgimento de um único país hegemônico - os Estados Unidos. Sabemos, pela História, que os Estados Unidos fizeram grandes intervenções em outros países. Estão de mãos livres para efetuar ou orientar intervenções. Em 2025 estarão eles na faixa amarela em relação a água potável.
O aspecto mais presente dessa nova ordem internacional é a chamada globalização. Temos, sem dúvida, que nos acautelar, evitando ser empolgados pelo processo que se tem mostrado perverso em todo o mundo, principalmente para os países em desenvolvimento. Na globalização, soberania e autodeterminação são princípios que ficam à margem.
O princípio de não intervenção vem sendo posto de lado, e isso é um aspecto que muito nos preocupa, sobretudo se considerarmos as palavras recentes do Presidente Clinton, nos EUA, segundo as quais: "quando necessário, quando não houver concordância dos interesses da nação americana com as da ONU, ela intervirá sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU".A proteção das comunidades indígenas é outra grande preocupação, e nós já temos este problema; além disto, temos: a destruição da floresta e o narcotráfico, que podem dar motivos e justificativas de intervenção na Amazônia.